terça-feira, 22 de abril de 2008

AVALIAÇÃO


Você já refletiu sobre o que significa traduzir o aprendizado de um determinado conteúdo, o desenvolvimento de competências e habilidades, em um número ou conceito?
Como avaliar? Por que determinados professores privilegiam determinadas formas de avaliação?
Por que avaliar? Qual o real sentido e utilidade da mensuração? Ela deve ser somativa? Deve ser quantitativa?
Ao escolher seus instrumentos ou formas de avaliação, o professor se serve de “teorias” sobre o processo de ensino/aprendizagem propriamente dito e busca também maneiras ideais para avaliá-lo... Porém, nem sempre, essa teoria está explicitada num ideário e até mesmo o avaliador não possui uma noção exata da dimensão do processo.
A atitude do professor diante do aluno, raramente é a de um ser contemplativo e executor de diferentes “práticas”. Suas ações estão impregnadas de teoria, porque ao atuar e interferir na realidade do aluno, ou seja, ao avaliar (seja uma aula ou o rendimento escolar etc), ele o faz com vistas em alcançar finalidades já mentalmente elaboradas e orientadas por conhecimentos pré-construídos ativamente.
Em CALL, a Avaliação é algo característico, direcionada a cursos on line, programas, web sites e ambientes virtuais de aprendizagem. Um modelo de avaliação defendida por Hérmarde e Cushion (2001) é a “decision-driven”, que leva em consideração a apresentação, funcionalidade e interação com o usuário, quanto o feedback e as formas de ajuda relacionam-se à necessidade e design. Nesse sentido, o objetivo principal de uma avaliação seria alcançar a decisão do que é melhor, ou, saber se o programa atinge os pontos pretendidos.
Importa-nos compreender que, precária ou não, a aferição da aprendizagem é um ato necessário e assim tem sido praticada na escola. O primeiro ato do professor necessita ser o diagnóstico, porque através dele, como ponto de partida, pode-se dar os passos seguintes. Resta-lhe porém, estabelecer critérios específicos, moldados de acordo com o que precisa ser avaliado.
A avaliação tem de adequar-se à natureza da aprendizagem, levando em conta não só os resultados das tarefas realizadas, mas também, o que ocorreu no caminho, o processo. Para isso, é preciso observar como o aluno interagiu com essa operação, considerando-se a sua singularidade, bem como a dos demais atores desse contexto.O momento de avaliação do aproveitamento escolar não é o ponto definitivo de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade esperada. A avaliação deve servir para subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem ou o que será excluído do processo.

4 comentários:

Rômulo disse...

Interessante esse texto porque ele apenas confirma o que Levy e Stockwell afirma no texto deles que é "os estudos de avaliação têm o objetivo de estabelecer o valor de alguma coisa; é guiado por decisões; são desenvolvidos para um público mais estreito e não estudos de pesquisa ampla; tem um resultado prático; valoriza o processo e o produto da avaliação e se focaliza mais na pergunta ‘Funcionou?”do que “Por que funcionou?”.

Abraço

Rômulo Neves

Valeska disse...

Palloff e Pratt também pontuam que como a avaliação acontece não é tão importante quanto sua relevância para o curso e seus objetivos de aprendizagem.

joelma disse...

Rômulo e Valeska...

O que vocês disseram é muito valioso. A essência da Avaliação realmente está nos seus objetivos e deve estar centrada na busca de resultados de um processo...
Envolve decisão...
Estabelece o valor de alguma coisa...
E como Valeska disse no fórum, deve ser "teacher-directed" and "learner-centered".
Assim cabe a nós professores definir os moldes ou formas em que esse processo ocorrerá, de forma a alcançar resultados produtivos!
Abraços
Joelma

Julieta Sueldo Boedo disse...

Muito acertada a reflexão proposta nesse texto, nos faz pensar mesmo! Percebemos como não podemos esquecer que mais do que um ponto final, a avaliação faz parte do processo de ensino/ aprendizagem... E mais do que somente medir o quanto se atingiu, até aonde chegamos, é fundamental também para estimular e motivar o aluno a seguir adiante, já seja nas aulas presenciais ou virtuais.